terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

ENCONTRO PEDAGÓGICO FAVORECE A DISCUSSÃO SOBRE OS SABERES PARA CONSTRUIR A CIDADANIA DENTRO DA ESCOLA.


                       A primeira semana do ano é a mais importante para qualquer escola: é quando os gestores e a equipe pedagógica se reúnem para projetar os próximos 200 dias letivos e fazer a revisão do Projeto Político Pedagógico (PPP) - o documento que marca a identidade da escola e indica os caminhos para que os objetivos educacionais sejam atingidos. É o momento de integrar os professores que estão chegando, colocando-os em contato com o jeito de trabalhar do grupo, e, claro, mostrar os dados da escola para todos os docentes. Em 03 de fevereiro, a equipe da Escola Tomé Francisco dedicou o dia ao planejamento do ano letivo de 2015.
               A pauta do primeiro dia de reunião também abordou o tema: Saberes para construir a cidadania dentro da escola. Os professores foram convidados a  considerar dois pontos fundamentais, ou melhor,duas grandes estruturas de saberes: um que estão na linha dos intangíveis: o saber cuidar, o saber acolher, a afetividade, a alegria, a curiosidade (entre outros) cuja repercussão não temos como medir ou controlar.Outro que talvez possamos considerar tangíveis que dizem respeito à forma de promover ações que produzam conhecimento e cultura.a metodologia adotada foi a de trabalho em grupo e no final da socialização, a diretora adjunta, Rosineide Alves,fez as considerações finais do tema com uso de slides. Para encerrar, os professores organizaram o primeiro dia de aula.






     

Uma lembrança da Conclusão do 5 º ano.



Fera da OBMEP( ex-aluno da Tomé) é tema da 10ª reportagem da série OBMEP 10 anos.


João Lucas Gambarra, de Quixaba (PE)

Pela teoria das probabilidades, a chance de João Lucas Gambarra, de 20 anos, gostar de vôlei ou basquete era muito maior. Afinal de contas, com quase dois metros de altura - 1,94 na medida exata - nunca faltaram convites para ele praticar esportes que exigem porte físico. Curiosamente, o rapaz prefere o tênis de mesa, ainda que precise “jogar debruçado”. Nada de excepcional para alguém que “adora contrariar padrões”. Em 2005, ouviu falar da OBMEP e, mesmo sem gostar da matemática que era ensinada na escola, resolveu arriscar. Ganhou uma medalha de prata e virou celebridade na pequena Quixaba, cidade pernambucana com pouco mais de 6 mil habitantes. 

- Foi uma surpresa, porque eu não me sentia desafiado pela matemática que aprendia na escola. Fizeram festa e tudo. Outros alunos viram que era possível chegar lá. E eu entendi que, com mais dedicação, teria melhores resultados.

Bota melhores nisso. Além da medalha de prata na primeira edição da Olimpíada, foram cinco medalhas de ouro e um bronze para completar as sete participações na OBMEP. Filho de professores, João Lucas nunca estudou em escola particular, mas passou sem maiores dificuldades para o curso de Engenharia Mecânica da Universidade Federal da Paraíba, onde cursa o 7º período. Nada mal para o menino nascido na pequena Serra Talhada (PE), que passou a infância em Princesa Isabel (PB) e só teve acesso a um ensino de qualidade porque seus pais perceberam a aptidão do menino para os estudos e o matricularam na Escola Tomé Francisco da Silva, em Quixaba, uma referência na região.

- Passei a vida toda cruzando fronteiras. Morava na Paraíba, mas estudava em Pernambuco – lembra ele.
Essa aptidão para os números brotou antes mesmo de João Lucas pisar em uma escola. Bem pequeno, ele se divertia, nos sábados à noite, após a missa, memorizando placas de carro. Se repetisse os números certinho, ganhava sorvete.

- Tomei muito sorvete nessa época – diverte-se o rapaz.

Na escola, João Lucas gostava de todas as disciplinas, até a paixão pela matemática desabrochar por intermédio da OBMEP. A partir daí, as boas notícias foram crescendo em progressão geométrica. O rapaz foi convidado a fazer o Programa de Iniciação Científica Jr. (PIC-OBMEP) e teve certeza de que ali começava uma caminhada rumo a um futuro promissor. O mais engraçado é ver que, tal e qual o menino que decorava placas para ganhar sorvete, o jovem João Lucas também se vale de um truque mnemônico para listar seus feitos nas olimpíadas.