quinta-feira, 20 de junho de 2013

PESQUISADORA DO RIO DE JANEIRO INCLUI ESCOLA TOMÉ FRANCISCO EM SUA PESQUISA DE DOUTORADO

     Nos dias 18 e 19, a equipe da Tomé teve a honra de receber na instituição a pedagoga e pesquisadora FÁTIMA DA SILVA BATISTA, da Universidade Estácio de Sá. A pesquisadora, sob a orientação da PROFª.DR.ª. Wânia Regina Coutinho Gonzalez está realizando uma pesquisa para o Doutorado em Educação, com o objetivo de identificar de que maneira as tecnologias da informação e comunicação tem contribuído para a melhoria da gestão nas escolas premiadas.

      Fátima ficou admirada com o trabalho desenvolvido na escola, com a ambientação pedagógica em todos os espaços, com a sincronia da equipe e o empenho de professores e alunos. Leia a entrevista concedida por ela aos blogueiros da Tomé, Brenno William, Anchieta Oliveira e Amanda Evaristo:

Entrevista


BLOG: Boa tarde, qual é o nome da senhora?

FÁTIMA: Meu nome é Fátima, eu sou doutoranda em educação da Universidade do Estado do Rio de janeiro.

BLOG: Qual foi o motivo que fez a senhora percorrer toda essa distância e privilegiar nossa escolar com sua visita?

FÁTIMA: O objetivo da minha tese é investigar de que maneira as tecnologias da informação e da comunicação tem contribuído para a melhoria da gestão em escolas que foram premiadas em nível nacional. E aí, qual foi o meu ponto de partida? Eu fiz uma análise de 18 dossiês das três últimas edições do Prêmio de Referência em Gestão. E após a leitura dos 18 dossiês, foi feita a escolha de três blocos de pesquisa em três escolas que, no seu dossiê apontavam a importância da tecnologia no Projeto Pedagógico da escola. Inicialmente, no mês de maio, fui para a Escola Estadual Presidente Costa e Silva, no Tocantins, para depois vir conhecer a Tomé Francisco que mesmo extremamente distante dos centros urbanos, ela já faz o uso das tecnologias nas suas práticas. Sabemos que ainda de forma inicial, mas que já acontece. E em seguida eu vou para a minha terceira escola que é uma escola localizada em Campo Grande, Mato Grosso do Sul.

BLOG: Como a professora acha que as tecnologias podem melhorar o desempenho escolar?

FÁTIMA: Quando ela é usada na prática pedagógica, quando ela consegue ser utilizada no desenvolvimento do conteúdo, como levando aluno a progredir. Ela auxilia nas pesquisas, nos estudos, ela vai auxiliar com certeza na melhoria dos resultados, com isso, ela auxilia na gestão da escola, porque uma boa gestão significa uma escola que possua bons resultados e que tenha uma gestão pedagógica que funciona, isto é, que o aluno aprenda. E só tem sentido a escola em que o aluno possa aprender. Existe um texto legal que fala que tem que se garantir o acesso e a permanência do aluno na escola, mas, além disso, tem que haver um acesso e uma permanência com o aprendizado. Não adianta ficar na escola sem aprender. E ainda mais com os jovens, que são altamente tecnológicos, essa tecnologia pode ser usada para que eles compreendam e assimilem melhor os conteúdos.



BLOG: A senhora pode dar alguma dica à escola de outros aspectos que contribuam para melhorar o ensino e o aprendizado na escola?

FÁTIMA: Eu observei aqui nesses dias, que a Tomé Francisco, ela é extremamente organizada nesse aspecto, porque ela acompanha a questão do planejamento, das atividades envolvendo o professor e o resultado dos alunos no bimestre. E aqui tem um projeto muito legal para aqueles alunos que não estão conseguindo atingir a média nas disciplinas, o Reforço Amigo. Essas ações são uma maneira de sanar dificuldades de aprendizagem, mas o mais importante é você acompanhar e propor ações de intervenção que diagnosticam o não-aprendizado do aluno, e essas ações precisam ser feitas tão logo se observe o fraco desempenho, não adianta ficar esperando até o final do ano, que já será tarde demais. O caminho é esse, propor logo ação de intervenção.

BLOG: Qual ou quais impressões a senhora vai levar da Tomé Francisco?

FÁTIMA: A melhor possível, eu estou fascinada. Eu venho do Rio de Janeiro, veja bem, eu não moro na Capital, mas é claro que eu moro muito perto dos centros urbanos. O município que eu moro e trabalho têm muitas escolas, todas elas com facílimo acesso por causa dos trens, do metrô, dos ônibus, etc. Isso foi o que me encantou, uma escola tão longe de tudo, com um acesso tão difícil, mas com um trabalho tão organizado e de tamanha qualidade, e é muito organizado mesmo, é monitorado, o pessoal aqui sabe o nome de vocês decorado, sabem das dificuldades, eles conhecem os alunos. No turno da manhã eu visitei algumas salas de aula e vi que elas estavam lotadas e isso, pra quem é educador, e para mim que sou doutoranda em educação, é muito prazeroso ver uma sala repleta. Então, eu vou saindo daqui, se eu pudesse, ficaria mais, encantada com o capricho da escola e com o próprio prédio que dizem que é simplório, mas que na verdade não é tão simplório, considerando o contexto. E eu realmente achei que a equipe que elegeu o prêmio de gestão foi extremamente justa porque o trabalho aqui é de muita qualidade mesmo.