sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

DÉBORA ESTÁ CHEGANDO!


  

Hoje faz mais de 4 meses que estou aqui no Canada..
Foram meses de muitas conquistas, realizações e principalmente de muito aprendizado.       
.

Olá Tomé,


      
                         Sabe aquele lugar que apesar de ser desconhecido pra você é ao mesmo tempo acolhedor?    
    É assim que mim sinto aqui, estrangeira e ao mesmo tempo tão acolhida... Acolhida não só por a minha família adotiva, mas também por todas as pessoas que eu convivi nesses últimos meses... Agora o meu intercâmbio esta chegando ao fim, e isso consegue ser bom e ruim ao mesmo tempo. Ruim por deixar a minha nova família  meus novos amigos e todos aqueles que foram importantes pra mim nesses meses e bom por saber que esta chegando o dia de reencontrar minha família, meus amigos e todos que deixei ai.
     A Tomé Francisco é muito mais que uma escola pra mim, é como uma segunda família  Tem aqueles que tem a responsabilidade de nos fazer aprender para estarmos prontos para a vida que nos espera, e aqueles que alem de amigos conseguem ser como irmãos. Por isso gostaria de agradecer por tudo e dizer que esse intercâmbio é uma conquista nossa.

   Estarei saindo daqui no dia 27 de janeiro, e chegando no Recife no dia 28... Me esperem que eu estou chegando!!

By: Débora Maria (por e-mail)


SEJA BEM-VINDO, HENRIQUE!


Entrevista com aluno intercambista

    
  NOME COMPLETO: Henrique Vieira Plácido
PERÍODO DO INTERCÂMVBIO: 13/08/2012 A 09/01/2013
PAÍS: ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA
CIDADE ONDE RESIDIU: Phoenix, Arizona
CIDADES QUE VISITOU: Anahein, Los Ângeles e Hollyood, na califórnia; denver, no Colorado; Albuquerque, no Novo México; Lãs Vegas, em Nevada; Flagstaff, no Arizona.

BLOG: Qual o significado do intercâmbio para você?
HENRIQUE: Uma troca de experiências que me ajudou a desenvolver meus aspectos psicológico, educacional e pessoal.

BLOG: Como você avalia o Programa “Ganhe o Mundo”?
HENRIQUE: É uma iniciativa revolucionária. Já que se quer mudar o futuro, nada melhor que começar pelos jovens da atualidade. Claro que o aperfeiçoamento da língua inglesa não é o único objetivo. Para nós, alunos, conviver com a realidade de um país de primeiro mundo ajuda-nos na formação de um cidadão, que é a esperança para um futuro melhor.

BLOG:  Um dos objetivos do programa é aperfeiçoar a língua inglesa. Como foi o seu desempenho?
HENRIQUE: As primeiras semanas na sala de aula foram bem difíceis. Aquele que não se adapta, enfrenta uma barra. Com o tempo, a convivência torna-se mais fácil, mesmo que lentamente. Nesses cinco meses não aprendi “every single word” da língua inglesa, é claro. Não aprendi só o básico, nem tampouco aprendi tudo, posso dizer que aprendi o necessário.

BLOG: Que considerações você tem a fazer sobre o sistema educacional dos Estados Unidos?
HENRIQUE: Maravilhoso, pelo menos no distrito onde eu estudava. Claro que nenhum lugar do mundo é 100%. As escolas têm uma ótima estrutura com quadras para vários esportes, laboratórios, cursos de música, dança e teatro, tudo no seu devido lugar. Todos os funcionários bem valorizados salarialmente. Muita rigidez na elaboração das regras e punições, visando disciplina a todo o momento. Muitos desses aspectos citados eu posso ver aqui na escola Tomé Francisco da Silva, provando que não é só em uma área que a escola se compara às escolas de países desenvolvidos.

BLOG: Como foi o seu desempenho na escola americana?
HENRIQUE: Numa avaliação pessoal foi boa, com conceito A em Matemática, Língua Inglesa, governo americano, Física, Artes e Educação física. Assim como em Pernambuco, no estado do Arizona também existe teste para medir o nível de aprendizado dos alunos, o ALMS. Provas escritas, orais e de Matemática, onde obtive sucesso em todas.

BLOG: A Escola Tomé Francisco contribuiu para o seu desempenho o intercâmbio? De que forma?
HENRIQUE: Of course! Aliás, minha rotina na Tomé Francisco e na Sandra Day O’Connor High School  são bem parecidas. O incentivo vindo de todos não foi a única coisa que ajudou. Na sala de aula, por exemplo, alguns conceitos de física e de História que eu já tinha visto aqui me ajudaram bastante na hora das provas. E a Matemática, então? Com os conhecimentos adquiridos na Tomé e com a ajuda da mesma no desenvolvimento de algumas habilidades saltei de uma sala principiante (Freshman – álgebra)  para uma sala com nível universitário (Sênior – Calculus). Isto com apenas uma semana que havia começado, graças ao que estudei aqui.

BLOG: Quais as dificuldades de adaptação num país completamente diferente do Brasil?
HENRIQUE: Só a comida. Brincadeira! Bem, o fato de comer um xarope de frutas com pão, queijo e carne no café da manhã, sanduíche com refrigerante no almoço e um Big com coca-cola no jantar não era nada bom. De vez em quando uma comida mexicana, um barrito, taco, mas... quanto à rotina, e outros hábitos do dia a dia, bem, não é certo, não é errado, é diferente. Por exemplo, saber que lá tem que se jogar papel higiênico no vaso e não na lixeira, é esquisito. A busca exagerada por conforto onde tudo que é tipo de ferramenta existe _ até máquina para descascar maçã! Na escola, chegar a me constranger vendo meninos de 14 anos musculosos e mais altos do que eu. Mal ter coragem de falar com as meninas, sabendo que dificilmente uma responderá. Enfim, o que acabei de citar pode ser considerado bobagem, diante da maior dificuldade que foi viver em um lugar há milhares de quilômetros de distância da família, de amigos, da escola, esse foi com certeza, o maior desafio. Mas, a fé em Deus, superou tudo isso.

BLOG: Do que você observou na escola americana, o que é possível implantar no Brasil?
HENRIQUE: O sistema de notas, onde tudo, tudo vai para o boletim. A semana do baile na escola, onde cada série organiza algo diferente para alguma comemoração (só não garanto de dar certo). A rigidez maior ainda nas regras e punições (por exemplo, só o fato de jogar lixo no chão gera suspensão, da mesma forma só um professor ver um celular na sala de aula ou qualquer outro equipamento que tire a atenção do aluno é motivo de suspensão de atividades). Porém...a Tomé não precisa de tantas dicas...

BLOG: Qual a sua mensagem para os alunos que vão participar do intercâmbio em 2013?
HENRIQUE: Minha mensagem aos novos intercambistas, que também serve para os que estão concorrendo nesse próximo edital e a qualquer oura pessoa, é a mesma que meus pais sempre dizem: “coisas boas e coisas ruins acontecem a qualquer momento, em qualquer lugar”. Procure ao máximo se manter-se livre do errado, fazer boas escolhas.  Siga o correto. Tenha sempre fé em deus, e saiba agarrar as oportunidades quando são para o bem. Vá! Sem medo! Não receie nada! Se você acredita que existe Aquele que te ama e que não te abandona, não há o que temer.

BLOG: A conquista do intercâmbio foi uma experiência positiva em sua vida. A que ou a quem você agradece por esta rica experiência?
HENRIQUE: Agradeço à iniciativa do governo do estado e da Secretaria de educação de Pernambuco que criou este programa firmando parcerias com o governo americano,  com empresas e escolas; é uma oportunidade inédita para os alunos que conseguiram ser classificados. Porém, o fato de ter sido eu,  um dos escolhidos, agradeço tão somente a Deus, pois do princípio ao fim, é ele quem faz que tudo aconteça e dê certo. Cabe a nós aproveitar de maneira correta. A Ele sou eternamente grato. Muitas pessoas me apoiaram nesta experiência: minha família, a família que me acolheu nos EUA, a equipe da escola, da GRE e da Secretaria de Educação. Enfim, a cada um que contribuiu para que tudo fosse perfeito, meus sinceros agradecimentos.