“A poesia é a música da
alma, e, sobretudo, de almas grandes e sentimentais.”
Voltaire
Na última sexta-feira (31/10), a
Escola Tomé Francisco vivenciou o 1º Sarau Literarte do Ensino Médio, na quadra
de esporte da escola, que estava ornamentada de acordo com o momento. O evento
faz parte do Projeto Literarte, projeto de leitura existente na escola desde
2002; este ano inovando com a realização do sarau. A proposta era unir
diversão, fruição literária e socialização de conteúdos de Literatura do
currículo do Ensino Médio. O Projeto Literarte surgiu da necessidade de
preparar melhor os alunos para o enfrentamento do ENEM e dos vestibulares,
através da abordagem dos conteúdos de Literatura numa perspectiva de formação
de leitores proficientes, que buscam o conhecimento de mundo além da realidade,
por meio dos clássicos literários brasileiros.
O sarau teve início às 13 horas, com
a participação de 310 alunos. Cada turma teve a responsabilidade de preparar
previamente uma exposição oral sobre um movimento literário, uma declamação em
homenagem a um poeta do período contemplado e, o grupo musical, formado por
alunos da escola ficou responsável por cantar músicas que dialogassem com o
tema da exposição oral.
A primeira turma a se presentar foi o 1º ano
C, com o Estilo Barroco no Brasil, homenageando o poeta Gregório de Matos.
Poemas do autor como “A mesma Dona Ângela” e “A Jesus Cristo Nosso Senhor”
foram declamadas pelos alunos Kledson e Klécya. A exposição oral ficou por
conta de Geovana, Keldna, Aryele. A professora da
turma é Juliette Henriques.
Em seguida foi a vez dos 1º anos A e
B, da professora Jaciara. Os alunos
falaram sobre o Arcadismo, seu contexto histórico e características;
homenagearam os poetas Cláudio Manoel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga, com os
poemas Soneto e Lira XXI, respectivamente.
Os poemas foram declamados na voz de Rarycles e Érica Michelle e a
exposição oral por Lílian, Lídhia, Pablo, Elvis, Sara, Ana Carolina, bianca e
Letícia.
O 2º ano A, da professora Silene,
prestou homenagem ao poeta Álvares de Azevedo, com a declamação de seu poema
“Lembrança de morrer”, pelos alunos Vinícius Miguel, Matheus e Ester. A
exposição oral contemplou aspectos do estilo Arcadismo, seu contexto histórico, artístico e cultural. Os alunos Wedson, Francilene, Amanda, Viviane,
alexia e Monize forma os expositores.
O estilo Simbolismo foi tema da
exposição do 2º ano B, da professora Socorro Souza. As alunas Yonara, Alane e
Thaís declamaram o poema “Violões que
choram, de Cruz e Souza. Os alunos Sandriel, Fernanda e Valéria ficaram
responsáveis por deixar os ouvintes a par das principais características e
autores desse período da Literatura brasileira.
Em seguida, foi a vez do 2º ano C,
também turma da professora Socorro Souza, que expôs para os presentes o Estilo
de época Parnasianismo, movimento que se contrapôs ao Romantismo. As alunas
Cecília e Isla declamaram o poema “Via Láctea, de Olavo Bilac, um retrato fiel
do que foi o Arcadismo . As alunas
Josile, Sandy e Daniela fizeram a exposição oral.
Finalmente, as turmas do 3º ano A e B
apresentaram para os ouvintes o Modernismo Brasileiro, focalizando a poesia de
30. Uma homenagem aos 50 anos da morte de Cecília Meirelles foi feita pelas alunas
Natália, Mirelle, Whitney e Isabela (do 3º A) ao declamarem os poemas “Motivo”,
“Retrato” e “Marcha”. As alunas Júlia, Karolayne, Martana e o aluno Tiago
fizeram a exposição oral sobre a poesia modernista e seu caráter inquietante,
do ponto de vista social, filosófico e romântico.
O 3º ano A contemplou a vida e obra
dos poetas Vinícius de Morais, Carlos Drummond
de Andrade e Cecília Meirelles na exposição oral pelos alunos Brenno,
João Paulo Rodrigues, Maírla e Lídia. As alunas Larissa Cristina, Sabrina e
Éricka declamaram os poemas Soneto de Amor Total, soneto de Fidelidade e soneto
de Separação, numa homenagem ao poeta Vinícius de Morais.
Nas exposições foram utilizados banners com textos e imagens sobre os
estilos literários. Todas exposições
e declamações do sarau foram seguidas da apresentação musical pelo grupo de
alunos e alunas: no violão, Kleyton e Ítalo (do 1º ano), Wellington (do 3º
ano), no vocal, Karol e Bianca (do 1º ano), Emilly (do 2º ano) e a convidada
especial Cláudia Sandocléia (analista da escola). Músicas como Canteiros, de
Fagner (inspirada no poema Marcha, de Cecília Meirelles), Casinha Branca, de
José Augusto, Ouvir Estrelas, de Kid Abelha (música inspirada no poema
Via Láctea, de Olavo Bilac), Umas e Outras, de Chico Buarque, Proibida pra mim,
de Zeca Baleiro, entre outras.
PARABÉNS aos professores de Língua
Portuguesa: Silene, Jaciara, Socorro Souza, Juliette; à coordenação pedagógica
e à equipe gestora pela iniciativa. Agradecimentos especiais ao pessoal de
apoio, da Biblioteca, Secretaria, cozinha, enfim todos que auxiliaram na
realização do evento.
PARABÉNS aos alunos que participaram
do sarau, declamando, expondo, ajudando na ornamentação, vocês são verdadeiros protagonistas! Esperamos que
todos os ouvintes tenham aproveitado bastante e
demonstrem seus conhecimentos nas avaliações que virão.
Nas duas semanas finais
de outubro, a professora Mônica e coordenadora Josilene, planejaram uma sequencia
didática para trabalhar a habilidade de desenvolver nos alunos a habilidade de
identificar quem fala no texto e a quem ele se destina, essencialmente, pela presença
de marcas linguísticas. Para isso, foram selecionados textos que evidenciam
eventos de letramento com larga utilização das variantes linguísticas, como
exemplo, letras de música onde aparecem variantes de pronomes de tratamento,
tirinhas, especialmente as de Chico Bento, revistas em quadrinhos, trechos de
diário, narrativas, vídeos e slides com questões de múltipla escolha.
Como produto final, no dia 04/11, os alunos
fizeram um trabalho em grupo sobre variação linguística. Um
fenômeno que acontece com a língua e pode ser compreendida através das
variações históricas e regionais. Em um mesmo país, com um único idioma
oficial, a língua pode sofrer diversas alterações feitas por seus falantes. O
português que é falado no Nordeste do Brasil pode ser diferente do português
falado no Sul do país. Cada grupo ficou responsável em pesquisar sobre as
variantes linguísticas de uma região do Brasil. Claro que um idioma nos une,
mas as variações podem ser consideráveis e justificadas de acordo com a
comunidade na qual se manifesta.
