"A poesia tende a chamar a
atenção da criança para as surpresas escondidas na língua."
A frase, do poeta José Paulo Paes (1926-1998),
ilustra o potencial do gênero para despertar o gosto pelo uso da linguagem com
fins estéticos. Por isso, a gestão, coordenação, bibliotecária e professoras
convidaram os pais das crianças do Ensino Fundamental (3ª ao 5ª ano) para
participarem do CAFÉ COM POESIA 2016. Esse encontro com as famílias aconteceu
na quarta-feira, 25 de maio, das 08 às 12 horas, com a proposta de incentivar o
pai a ler poemas em voz alta para seu filho, uma ótima estratégia para trabalhar
conteúdos da oralidade, como sonoridade, rimas e ritmo. “O poema lido pelos pais exprime sentimentos, cumpre
com a função de incentivar a leitura na vida das crianças, um momento
inesquecível para elas”, disse Josilene.
As Emílias e os Viscondes do 4º ano A, ao som da
banda da escola, recepcionaram os pais, que após escolherem o seu livro de
poesia, dirigiam-se ao pátio para tomar café. Com a xícara cheia e a felicidade
no olhar, os pais vivenciaram esse primeiro momento. Em seguida, o gestor Ivan,
encaminhou os convidados para a sala dos seus filhos.
As crianças receberam seus pais com a apresentação de poemas divertidos: As Borboletas, na
voz de Adriana Calcanhoto, e acompanhada pela voz das crianças trouxeram emoção
ao ambiente. A Bicharada (Chico Buarque) permitiu muitas risadas e alegria,
permitindo o interesse das crianças pela poesia, como na definição do escritor brasileiro Oswald de Andrade (1890-1954) "Poesia é descoberta das coisas que eu
nunca vi."
Por fim, os pais leram
os poemas nas turmas dos seus filhos, permitindo que as crianças apreciassem a
beleza do gênero, atendendo ao apelo de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987):
"O que eu pediria à escola era
considerar a poesia primeiro como visão direta das coisas e depois como veículo
de informação prática e teórica, preservando em cada aluno o fundo mágico,
lúdico, intuitivo e criativo que se identifica basicamente com a sensibilidade
poética".
Que as nossas crianças tenham sempre seus
momentos poéticos, quando brincam de rimar com elementos do cotidiano, como
"O pincel caiu em cima do pastel cheio de mel". Ou ainda como, Duas
dúzias de coisinhas à-toa que deixam a gente feliz, de Otavio Roth:
Pintinho saindo do ovo
Começar caderno novo
Alegria do meu povo
Espaguete al dente
Um pé de meia quente
Melancia sem semente
Acordar com cafuné
Visita pela chaminé
Estalar dedos do pé
Queijinhos vindos da frança
Menina loira de trança
Dom Quixote e Sancho pança
Barquinho na enxurrada
Queijo com goiabada
Beijinhos da namorada
Joaninha no nariz
Respingo de chafariz
Fazer um amigo feliz
Estrelinha piscando no céu
Melar o dedo no mel
Abrir clipe de papel
Alguém sempre por perto
Um saco de bombom aberto
Uma rima que deu certo!
Começar caderno novo
Alegria do meu povo
Espaguete al dente
Um pé de meia quente
Melancia sem semente
Acordar com cafuné
Visita pela chaminé
Estalar dedos do pé
Queijinhos vindos da frança
Menina loira de trança
Dom Quixote e Sancho pança
Barquinho na enxurrada
Queijo com goiabada
Beijinhos da namorada
Joaninha no nariz
Respingo de chafariz
Fazer um amigo feliz
Estrelinha piscando no céu
Melar o dedo no mel
Abrir clipe de papel
Alguém sempre por perto
Um saco de bombom aberto
Uma rima que deu certo!